Newark, 6 de dezembro de 2010, by Ellen Soares. A III Conferência das Comunidades Brasileiras no Exterior - Brasileiros no Mundo) teve iniciou em grande estilo, hoje, no Brasil - Palácio do Itamaraty (Centro do Rio de Janeiro). O evento promove a integração de Representantes eleitos por comunidades de brasileiros residentes no exterior (lideranças comunitárias) e o governo brasileiro, juntamente, com suplentes e convidados eles vieram de todos os continentes discutir a Ata consolidada, onde constam questões colocadas nas conferências anteriores. Brazilian Press o maior jornal brasileiro fora do Brasil marcou presença na grande confraternização através dos convidados oficiais de Nova Iorque e New Jersey: o jornalista Francisco Sampa e Silvio de Souza.
Na primeira conferência em 2008 com objetivo de debater problemas de brasileiros que vivem fora do país foi criado um conselho provisório. No ano passado criou-se um conselho permanente e desde então o processo tem avançado no sentido de fazer com que os representantes eleitos pelas comunidades funcionem como ponte (informações e necessidades) entre os brasileiros residentes no exterior, os consulados e o Itamaraty. Afinal, segundo estimativas três milhões de brasileiros vivem atualmente no exterior e todos os anos enviam milhares de dólares para o Brasil (investimentos).
O PRESIDENTE LULA DARÁ POSSE A CONSELHEIROS
Na sexta-feira, dia 3, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai participar da abertura solene da conferência. Elogiado por diversos participantes pelo apoio a representatividade desses brasileiros, mas, principalmente pelo Decreto 7.214 (15/06/10) que estabelece linhas de ação e diretrizes para uma política governamental voltada para comunidades de brasileiros no residentes fora do país. O decreto criou o primeiro Conselho de Brasileiros no Exterior (com 16 membros titulares e membros 16 suplentes). Na conferência ele dará posse ao conselho eleito.
Ainda há muito trabalho a ser feito o que vai exigir organização e empenho, segundo os participantes – mas, eles estão motivados. Um dos exemplos citados foi o caso de países como Angola onde moram cerca de 30 mil brasileiros, mas, que ainda não tem nenhum representante. Em contrapartida, o Embaixador Eduardo Gradilone, Subsecretário-Geral das Comunidades Brasileiras no Exterior anunciou que o resultado de quase uma década de reivindicações, sugestões e apelos dessa comunidade (que constam na Ata e em outros documentos) vão receber a devida resposta por parte dos ministérios que irão se pronunciar sobre essas reivindicações (demandas de oito anos): Educação no exterior, cultura e previdência entre outros. Cada Ministério envolvido vai avaliar, informar o que fez, ou pretende fazer a respeito das questões e problemas levantados.
A Ata foi o documento no qual as pessoas colocaram suas reivindicações. Essas reivindicações da Comunidade foram repassadas aos líderes e debatidas, dando origem a um documento com reivindicações de brasileiros espalhados pelos cinco continentes. Aqui no Brasil os representantes de brasileiros espalhados pelo mundo, suplentes e convidados vão seu conteúdo.
Essa medida vai aumentar representatividade, o que certamente, vai ser decisivo para identificar e tentar resolver os problemas de nossas comunidades no exterior. A idéia é que o conselho se reúna - pelo menos a cada seis meses – para traçar metas e discutir soluções para as demandas apresentadas. Nas primeiras conferências houve o debate, as reivindicações foram formatadas e encaminhadas aos órgãos de direito – e este documento será o referencial.
Um dos temas mais preocupantes foi a “ilegalidade” e as dificuldades de “sobreviver” nas diferentes culturas estando indocumentado: toda a problemática que ela acarreta. Esse tema preocupou a maioria dos participantes e foi citado do Japão à Palestina – sem exceção. O Tempo também foi curto para o pronunciamento de todos os que desejavam falar – muitos acabaram extrapolando os dois minutos pré-fixados.
BRASILEIROS DE MUITOS SOTAQUES
Longe da pátria por décadas, alguns líderes estranharam o calor e o íntimo contato com o sol. O sotaque na voz também denunciava o país onde a maioria estava vivendo. Mas, o mais importante foi perceber a solidariedade dessa gente que conseguiu se estabilizar em outro país e que de alguma maneira quer facilitar a vida de quem deseja fazer o mesmo. E certamente é através do diálogo que as demandas serão atendidas e as comunidades terão o que precisam.
Fonte: www.Brazilianpress.com