O presidente eleito dos Estados Unidos Barack Obama disse que ele e seu ex-rival de campanha John McCain planejam trabalham juntos para "consertar o país". Os dois se reuniram pela primeira vez, nesta segunda-feira, no escritório de transição de Obama, em Chicago.
Reuniões entre o vencedor da eleição presidencial e seu adversário são raríssimas nos Estados Unidos. Além de política, sabe-se que Obama e McCain conversaram rapidamente sobre futebol americano. O democrata também foi visto fazendo uma piadinha sobre a imprensa de Chicago.
Rahm Emanuel, futuro chefe-de-gabinete da Casa Branca, e o senador republicano Lindsey Graham , amigo de McCain, também participaram do encontro, que não teve a participação da imprensa. Graham defendeu Emanuel quando o partido republicano criticou sua escolha para chefe de gabinete do governo Obama.
Obama afirmou, antes do encontro, que ele e McCain "podem fazer algo em conjunto para consertar os Estados Unidos". Além disso, o presidente eleito agradeceu o republicano pelo excelente serviço que McCain vem fazendo pelo país.
Quando perguntado se pretende ajudar a administração Obama, McCain respondeu com um curto "obviamente".
Especialistas diziam que Obama não ofereceria um cargo a McCain. O democrata, no entanto, já havia dito em uma entrevista concedida ao programa "60 Minutes", que nomearia ao menos um republicano no seu gabinete.
O presidente eleito gosta de se comparar neste sentido ao ex-presidente republicano Abraham Lincoln, que se esforçou, a partir de 1861, para manter a unidade do país, durante uma sangrenta guerra civil marcada pelo confronto entre Norte e Sul.
No mesmo programa, Obama afirmou que havia se reunido com a ex-rival de partido Hillary Clinton, mas não confirmou se ofereceu um cargo à senadora. Hillary é cotada para se tornar secretária de Estado. Segundo fontes do governo, Obama estaria investigando as finanças dos Clinton, antes de fazer a proposta oficial.
Iraque
Um dos principais conselheiros de McCain, citado nesta segunda-feira pelo Wall Street Journal, frisou que o republiano vai aproveitar a reunião com Obama para tentar convencer o ex-adversário democrata a não precipitar a retirada das tropas americanas do Iraque.
O veterano da guerra do Vietnã é contrário a uma retirada precipitada do país árabe, que teria para ele um sabor de derrota.
Domingo, Obama insistiu na necessidade de instalar rapidamente sua equipe de segurança nacional, lembrando que o país está mais vulnerável a eventuais ataques terroristas neste período de transição.
Fonte: portal maritimba