Série Especial - Os influentes: Edirson Paiva - VEJA VIDEO

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February 26, 2010, 9:53 pm
Entrevista
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A comunidade necessita, sem sombra de d?vida, de uma reforma imigrat?ria onde se permita ganhar o ?p?o de cada dia?

Quando chegou na América em 1982, Edirson Paiva foi morar em Marlboro, onde havia cerca de 70 brasileiros, e a idéia era aperfeiçoar o inglês num curso na Harvard University. Professor de ofício no Brasil, Edirson pensava em voltar ao país, e ir dar aula em alguma universidade. 

Natural de Governador Valadares, Edirson Paiva, veio também por motivos economicos, pois segundo ele, alguns amigos, vieram e se deram bem depois de algum tempo. Se dera certo com os seus amigos, por que não tentar também? Fez dois cursos, dos quais guarda os certificados até hoje, e a vontade de voltar ao Brasil passou, e depois de encontrar ex-alunos que se espantaram ao vê-lo por aqui. 
Paiva trabalhou – como a maioria dos brasileiros, em serviços de pintura e limpeza, ajudando a sua esposa. Com isto foi ficando e tornou-se o pioneiro da imprensa brasileira nos Estados Unidos quando um dia resolveu fundar o Brazilian Times, cuja história e trajetória é a da própria comunidade brasileira em Massachusetts e que administra junto a família.

Em 1988 Paiva foi no Portuguese Times, que circulava semanalmente há muitos anos e disse que queria lançar um jornal para a comunidade brasileira nos moldes do dele e se ele topava ajudar e e cedeu a redação colocando a disposição um funcionário para ajudar. Edirson ganhava US$ 500 por semana e pagava US$ 400 para ele, e o Brazilian Times começou a circular com 16 páginas. E o primeiro anunciante foi a Adams, que era uma casa de remessas em Somerville, alguns salões de beleza e este foi o início. “Perguntei ao portu-guês se podia colocar Brazilian Times, e ele me respondeu que não podia colocar Portuguese Times, e foi ele que criou o logotipo do jornal que tenho até hoje”, diz Edirson. 


No começo colocava propaganda dos salões de beleza, de algumas pequenas empresas, de graça por algumas semanas e foi procurá-las depois e eles viram que tinha retorno da publicidade, e que o jornal funcionava. 


“Eu pegava pelo teletipo do Portuguese Times, e colocava algumas notícias de Portugal, traduzia algumas matérias e me veio a idéia depois que o jornal começou a circular por outras cidades de arrumar colunistas sociais. A idéia pegou tanto que num determinado tempo eu tinha dez colunistas sociais, e todos os jornais que surgiam copiavam o mesmo sistema. Tempos depois suprimiram as colunas sociais. E ainda hoje publico uma notinha no jornal oferecendo lugar para colunistas sociais, que é uma coisa que eu gosto e preservo. O mais antigo é o Tomich que está com a gente desde 1992”, afirma Edirson Paiva, que reclama da concorrência desleal. “Vendemos uma propaganda por X, e aí ligam para o cliente e oferecem um espaço maior pela metade do preço. O cliente não sabe que o tal jornal mal é lido, que sobra nos displays e encalha toda edição, além de não fazer uma análise e achar que tudo é igual, e por isto ficamos pressionados, sem saber se baixos os preços ou perdemos o cliente. Com atitudes com esta não vamos a lugar nenhum”. Sobre a eleição comunitária se é ou não candidato, Edirson Paiva é enfático e incisivo – “Não. E devemos deixar claro que não temos nenhuma pretensão a cargo político, mas apoiamos com disposição os pretendentes. Que seja eleito o mais dinâmico e que tal pessoa seja publica e coletivamente direcionada, pois que se qualidade fosse sinônimo de bom caráter, infelizmente teríamos que eleger um ‘colombiano’ como nosso representante. Por isso nossa mensagem: quando votar, vote no primeiro caso, o segundo todos têm, pois que, qualidade se adquire e até com ‘jeitinho’ se consegue. Agora, caráter vem de berço”, completa Edirson Paiva.



As perguntas abaixo serão comuns a todos os 15 influentes:

O que significou para o senhor ser reconhecido como uma pessoa que exercer influência na comunidade brasileira? 
“Para mim foi uma grande surpresa. Se tenho influência na comunidade, que assim seja, mas não acho que estou com esta bola toda. Muito obrigado aos que votaram em mim. E obrigado ao jornal Metropolitan por esta oportunidade”.

A seu ver o que a comunidade brasileira mais necessita neste instante?
A comunidade necessita, sem sombra de dúvida, de uma reforma imigratória onde se permita ganhar o “pão de cada dia”, sem a interferência do Estado, ou seja, das leis que permitem, policiais (uns bons outros maus) perseguirem um brasileiro, só pelo motivo de estar indocumentado. O resto é como dizem por aí: “tiramos de letra”.



Se o senhor fosse escolhido para ser o líder da comunidade brasileira em MA, qual seria a sua principal plataforma?
Que privilégio! Sonha Marcelino!” E sem ser hipócrita, pois não tenho talento nem categoria para ser líder da nossa comunidade, diria, aos meus conterrâneos pretendentes: iria gritar no Parlamento brasileiro pela intervenção junto às autoridades americanas para por um basta à deportação de brasileiros (utópico ou não! Não queremos nem saber e temos raiva de quem sabe!) e, além disso pedir para voltarem com a educação bilíngue para nossas crianças, e muita verba (verdinhas mesmo!) para apoio aos eventos culturais, sociais e esportivos; bolsas para a educação profissional e universitária e financiamento facilitado para os nossos (e eu me incluo aqui) pequenos empresário.
 

parkear.com  via  Jornal.us
Author: Paulo Martins
Paulo Martins is a graduate of the London School of Journalism. His writings concern the plight of man in a digital world and Environmental Issues. He is currently residing in Rio de Janeiro Brazil.
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