Imigração: EUA parados com a greve pelos ilegais

Milhões de imigrantes que trabalham nos Estados Unidos ficarão em casa nesta segunda-feira num protesto contra a proposta de reforma na legislação sobre a presença dos estrangeiros no país. O boicote foi organizado pelos líderes dos movimentos de imigração e tenta mostrar como os estrangeiros que moram nos EUA são importantes na economia do país. Além de não trabalhar nem ir à escola, o imigrante é incentivado a não consumir nada no dia.

Cerca de 11,5 milhões de imigrantes ilegais vivem nos EUA atualmente, e muitos outros milhões são legalizados ou são de famílias estrangeiras. As autoridades americanas consideram impossível prever quantos participantes o boicote conseguirá reunir. Os analistas políticos já dizem, contudo, que o movimento dos imigrantes em favor de direitos garantidos pelo governo já tem o mesmo impacto dos protestos por direitos civis nos anos 60 e 70.

Conforme os líderes da manifestação, a mobilização será grande, ainda que seja realmente difícil fazer com que todos os imigrantes não trabalhem, como propõe o nome do protesto ("Um Dia Sem Imigrantes"). Muitos deverão ir ao trabalho, mas não comprarão nada durante o dia. Outros também trabalharão mas participarão de vigílias e de missas depois do expediente. Até o México deverá participar, através de um boicote popular a produtos dos EUA.

Fonte: VEJA on-line