Imigrantes podem parar de trabalhar em 1o de maio nos EUA

NOVA YORK - Defensores dos direitos dos imigrantes nos Estados Unidos convocaram na quinta-feira um boicote nacional ao trabalho, a escolas e ao comércio em 1o de maio, buscando capitalizar a fase de recentes manifestações em massa através dos país.

"Eu não acho que nós vamos paralisar a economia dos Estados Unidos em 1o de maio, mas acho que vamos reduzi-la consideravelmente", disse o vereador Charles Barron, de Nova York, um dos apoiadores da iniciativa que foi anunciada nos degraus da prefeitura.

A coalizão de grupos de direitos de imigração visa barrar um projeto de lei que tornaria crime viver ilegalmente nos Estados Unidos, além de prever a construção de um elevado muro ao longo da fronteira com o México.

A oposição a essa lei -- patrocinada pelo deputado republicano James Sensenbrenner, de Wisconsin -- levou centenas de milhares de pessoas às ruas das cidades dos EUA nas últimas semanas.

Os grupos que anunciaram o boicote em Nova York disseram ter o apoio da chamada Coalizão de 25 de Março, que reuniu uma imensa multidão em Los Angeles.

Eles estão convocando trabalhadores imigrantes, autoridades eleitas, sindicatos e igrejas a aderir ao 1o de maio, feriado em muitos países mas não nos Estados Unidos, onde o dia do trabalho tem suas origens.

Organizadores negaram-se a prever o número de participantes, mas eles querem demonstrar o quanto os Estados Unidos dependem do trabalho barato e gerar mais preocupação com o bem-estar dos imigrantes legais e ilegais no país.

"Nós não vamos trabalhar. Nós não vamos comprar nada", disse Omar Henriquez, chefe do grupo pró-imigrante de Nova York. "Eles tentam nos demonizar ao nos chamar de alienígenas ilegais, mas nós contribuímos mais para a economia do que os salários miseráveis que nós ganhamos".

Fonte: yahoo!noticias